Maio 2009

O SEGREDO DA DISTRAÍDA

Não há muito, muito tempo – ontem, portanto –, o céu escorreu gotinhas de segredos para a terra. Desceram a pique com tantas intenções quantas as pingas que as transportavam. Uma aterrou na testa de um rapazote reguila
– Gosto de esborrachar caracóis à chuva!
para lhe ensinar que a vida tem vida e que o som crocante que o fazia rir quando punha o pé em cima dos caracóis tirava o tiquetaque, pois então, à vida. Outra gota escolheu a boca escancarada de uma menina que todos os dias maldizia o pássaro, a casa, o passeio, o olho, o escaravelho, a escola, o dente, o verde, o livro, o tu, o ele, o nós, o vós, o eles.
– Gosto de não gostar de nada!
O que ouviu a menina sabemos nós: «No lugar do coração é ele que deve estar, não a língua comprida que o costuma cegar»[...]

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Texto da Patricia para a imagem da Andriel
"Quando os Guias nos falam"